terça-feira, 24 de março de 2015

Ninguém está imune de cometer uma grande bobagem

Todos os dias milhares de pessoas no mundo inteiro postam imagens, frases, textos ou qualquer outra coisa que a Rede aceita. A internet trouxe imensos benefícios na área de comunicação: vovôs e vovós podem acompanhar o crescimento dos netos à distância, pessoas que viajam muito podem sentir-se "menos longe" de suas famílias, podemos fazer cursos à distância (com melhores recursos do que existiam anteriormente nessa modalidade de ensino), podemos reencontrar a turminha do ensino médio, enviar e receber documentos, tratar de assuntos bancários, e enfim, ter uma enciclopédia que gasta menos espaço na casa e com uma ferramenta de busca bem mais interessante. O problema é que junto com essa formidável tecnologia existe o velho ser humano pecador. Aquela velha história de tentar juntar as penas do travesseiro jogado do alto de um prédio ficou muitas vezes amplificada. "Caiu na rede" já era! Somos muito impiedosos na hora de condenar uma palavra ou atitude errada, mesma que esta seja isolada na vida da pessoa "alvo". Na soma dos dias de todos nós, temos muitos dias que gostaríamos de esquecer. Não apenas pelo que fizeram conosco, mas pelas bobagens que fizemos. Queremos esquecer esses dias. Temos o desejo de apagar esses momentos desconfortáveis. E por mais que exista a tecla "delete" no nosso PC o que realmente acontece é que ela não funciona na Rede. Na internet ninguém esquece (tem sempre uma cópia circulando por aí), ninguém perdoa, somos muito duros e intransigentes com os outros. Pessoas que, na maioria das vezes, nunca vimos e nunca veremos. São pessoas como nós, capazes de fazer e falar muitas bobagens no curso da vida.

quarta-feira, 11 de março de 2015

Cada um deve ater-se ao seu papel dentro da família

Ontem eu estava lendo o livro "Abuso Sexual - Prevenção e Cura" escrito por Isabel Zwahlen. Ela diz uma coisa que parece óbvia, mas que, na verdade, anda bem ignorada: para os filhos o pai deve exercer seu papel de "homem pai" e a mãe deve colocar-se no seu papel de "mulher mãe". Assim o menino aprende a ser homem com o pai e a menina a ser mulher com a sua mãe. A criança é mais protegida dentro de uma família bem estruturada, onde cada um tem seu papel bem definido. O pai, a irmã mais velha ou a avó não deveriam desempenhar o papel de mãe, se esta está viva e capaz. A mãe não dever agir como amiguinha da filha. O pai não pode agir como um irmão mais velho para seu filho. É claro que existem intempéries na vida que acabam por desestruturar a família. Mas o que eu quero considerar aqui é que não se deve pensar em formar uma família com base numa estrutura que afaste a figura do pai e da mãe unidos estavelmente. Conquanto que não haja adultério, graves abusos psicológicos ou físicos dentro do casamento, o divórcio deve ser bravamente evitado. Vejo mulheres preocupando-se muito mais em ter um corpo bonito e um cabelo perfeito do que em ser uma boa esposa e mãe. Vejo homens que no trabalho são cuidadosos, competentes, estudam, pesquisam e em casa não movem o dedo mínimo para ser um bom esposo e pai. Quem ama de verdade seus filhos, luta não somente para manter a família unida, mas empenha-se também em ter um casamento feliz e um ambiente harmônico dentro de casa.

Publicamente escondido

O que eu mais aprecio nesse meu Blog é que quase ninguém vai ler. É uma coisa estranha, mas eu gosto da ideia de poder escrever publicamente sem ser notada. Mesmo nos sites de busca é difícil achar esse endereço aqui. Bacana!

Penicilina

Hoje faz 60 anos que Alexander Fleming morreu. Em 1928 ele descobriu a Penicilina. Em 1986 eu tive Febre Tifóide, provocada pela bactéria Salmonella typhi. Em 1999 descobri que eu estava com tuberculose, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch. Se Alexander Fleming não tivesse descoberto a Penicilina eu, provavelmente, não estaria aqui para escrever isso. Pois todo o trabalho com antibióticos começou após a sua descoberta. Até mesmo Louis Pasteur, um dos Pais da Microbiologia, perdeu sua filha Cécile vítima da Febre Tifóide. Para mim Alexander Fleming é o cientista mais importante do século XX!

segunda-feira, 10 de março de 2014

Os misericordiosos alcançarão misericórdia

Tenho três filhos. O menino do meio começou a ir à escola aos três anos. Desde então temos percebido uma qualidade que ele demonstrou desde o primeiro dia de aula: a misericórdia. Ao ver um menino mais novo chorando, por medo de ficar na escola sem a mamãe, meu filho pegou um brinquedinho e foi oferecer ao outro para alentá-lo. Depois ficaram amigos por todo aquele ano letivo. A amizade só não continuou porque acabaram ficando em turmas diferentes no ano seguinte. Aos quatro anos ele, espontaneamente, dividia seu lanche sempre que algum colega esquecia sua lancheira em casa. Ele nunca me contou que fazia isso. Eu só soube disso porque a minha filha mais velha, que estudava na mesma escola, o via separar seu lanche para oferecer ao coleguinha com fome. Ele dava o pedaço maior para o outro. Meu filho não consegue ficar indiferente diante do sofrimento alheio. É a piedade pura, sem interesses, que devemos aprender com nossas crianças.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Minha pequena biblioteca

O dia hoje está fresco. Chuvoso e com pouco vento. Salvador não esfria nunca (quem disser que aqui esfria, nunca deve ter visto frio de verdade). Esse clima me fez lembrar, não sei porquê, dos tempos em que eu lia Rubem Braga e Cora Coralina nos intervalos das aulas na Universidade de Viçosa. Eu tinha tanto tempo livre que costumava ler bastante. Eu gostava de perambular entre os livros na biblioteca da UFV. Eu gosto de cheiro de livro, cheiro de bliblioteca. Tenho um pequeno sonho: queria ter uma pequena biblioteca em casa. Com estantes que iriam até o teto recheada de muitos livros. Uma mesa grande ao centro para leituras e pesquisas. Uma poltrona com um abajur ao lado para clarear as leituras. E tempo. Algum tempo de sossego e silêncio para ler.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Ensino escolar sem neuras

Eu sou mãe de três crianças. No momento ando preocupada com a educação dos meus filhos. Qual é a melhor escola para eles? Comecei a ser alfabetizada aos 7 anos numa daquelas "escolas de lata" do governo estadual de SP. A minha sala de aula parecia um container com janelas e porta. No frio nós ficávamos congelados e no verão o calor era imenso. O forro não aguentou por muito tempo e de vez em quando caia uma daquelas placas de isopor em nossas cabeças (ainda bem que era isopor...). Lembro-me de um buracão que apareceu no telhado de amianto. Quando chovia - e em São Paulo chove muito - uma pequena cachoeira se formava no fundo da sala e eu achava bem interessante. Estudei toda a minha vida em escola pública. Passei no vestibular de três universidades públicas (duas estaduais de SP e uma federal em MG) com a ajuda de um ano de cursinho particular (e esse foi o meu único contato com o ensino particular). Apesar da precariedade das escolas onde estudei, eu era uma estudante feliz. Fui pensar em vestibular no final do ensino fundamental e não me preocupava muito com isso. Gostava de aprender coisas novas, achava lindo o conhecimento (e ainda acho). Hoje vejo grande pressão nas escolas particulares que chega a tornar o ensino escolar um pouco angustiante. Vi crianças de 9 anos sendo "preparadas" para o vestibular. Minha filha de seis anos ficou por vezes chateada porque se achava incapaz (incapaz de dominar a letra cursiva aos cinco anos, incapaz de fazer contas com duas casas agora aos seis). Ela me disse à poucos dias: "sou ruim em matemática!" Sei que ela não é a única. Conversei com outras mães e elas percebem certa dificuldade na atividade dos seus filhos. Será que eles são todos burros? Ou o ensino para ser bom tem que ser muito "puxado"? E na educação infantil? Percorri com meu esposo várias escolas da cidade e é sempre a mesma filosofia. Que fazer? Hoje não tenho coragem de colocar meus filhos em escola pública. Os alunos da rede estadual passaram por mais de cem dias de greve neste ano e as escolas municipais estão caindo (literalmente) colocando em risco os alunos. Eu disse para minha filha não se preocupar, porque a mamãe aprendeu a escrever com sete anos e só fazia contas aos oito anos. Mesmo assim nunca tive déficit no meu aprendizado e nunca fiquei de recuperação. Sempre tive boas notas, mesmo na faculdade, onde formei-me com louvor em Agronomia.