"O coração do seu marido confia nela, e não haverá falta de ganho." Pv. 31.11
O segundo versículo da poesia da mulher virtuosa me faz pensar em nossa sociedade de consumo.
Sempre que saio para fazer compras alguém me oferece um cartão de crédito. Eu sempre rejeito, pois sei que não preciso disso.
Noutro dia eu acordei com o barulho de uma discussão. Era um casal que brigava sobre o valor de uma fatura de cartão de crédito. O marido esbravejava sobre o valor exorbitante, enquanto a mulher se lamuriava dizendo que era para ele não pagar se não quisesse. Ele dizia furioso que ia pagar sim, mas repetia que era um absurdo.
Não estou falando para mulheres zelosas, que gastam tudo o que tem porque o que ganham é pouco demais para as necessidades básicas das suas famílias.
Estou falando das mulheres que não sabem discernir entre o que é necessário e o que é supérfluo e gastam mais do que podem, deixando o orçamento familiar em desordem.
Mulheres que compram roupas de grife e sapatos e mais sapatos, mesmo que o salário seja pequeno.
Mulheres que exigem constantemente dos seus esposos dinheiro, sem querer saber o quanto eles batalharam para conseguí-lo.
Mulheres que mentem para os maridos dizendo que precisam de mais dinheiro para comprar material escolar do filho, quando na realidade querem comprar mais um perfume e outro produto que a vizinha está oferecendo.
Mulheres que têm vergonha de pechinchar e não compram carne de segunda e costela de frango.
Mulheres que tem preguiça de pesquisar preços e comparar mercadorias para ver se o que estão comprando é realmente o de melhor relação custo-benefício.
Enfim, mulheres que não querem fazer as contas para ver se o dinheiro chega para todo o mês.
Alguém pode até dizer: "E daí? Se a vida é minha?"
E daí, que se faltar dinheiro no fim do mês e o filho adoecer?
E se acabar o gás antes do previsto?
E se o cano da cozinha estourar?
Se o carro quebrar, ou seu filho bater no carro do vizinho?
Um economista diz que devemos ter pelo menos 20% do salário para os tais imprevistos, porque eles costumam aparecer todos os meses.
Uma mulher cristã deve ser previdente, cuidadosa com o orçamento. Deve saber quando economizar e quando usar o dinheiro. Assim, ela torna-se confiável para seu esposo. Ele saberá que pode contar com ela e não temerá gastos exagerados.
O homem que tem mulher sábia nem pergunta para quê ela quer o dinheiro, oferece a ela despreocupadamente e ainda pergunta se não precisa de um pouco mais.
O homem que tem mulher previdente e sábia enriquece.
O homem que tem mulher inconsequente empobrece.
Querida Miriam,
ResponderExcluirMuito bom o seu texto, como sempre!
Posso testemunhar diariamente que você de fato aplica esse princípio em sua vida, pois você me ajuda muito na administração de nosso lar. Na verdade, se não fosse a sua inteligência, disposição, prudência e companheirismo, eu não sei como estaria, já que você pensa em tudo, organiza e não deixa nada faltar. Os homens, em geral, são meio distraídos, e a mulher foi dotada de uma capacidade de pensar em várias coisas ao mesmo tempo. Não se pode generalizar, mas a regra é essa. Agradeço a Deus por ter encontrado você um dia, bem como pelo nosso casamento e família.