Sou uma dona de casa. E daí?
Percebo que a nossa sociedade consumista desvaloriza a figura da dona de casa.
A mulher vitoriosa, louvável é aquela que sai para trabalhar fora. Aquela que é bem sucedida nos negócios ou profissão.
Como se a mulher que é dona de casa o é porque não teve capacidade de alcançar o mercado de trabalho. Ou seja, é menos competente.
Percebo nas pessoas um certo olhar de pena quando digo que sou dona de casa. Elas só me consideram alguma coisa quando sabem que tenho curso superior com mestrado.
Eu valho pelo meu diploma?
Fiquei em casa porque queria participar mais na educação dos meus filhos. Foi dura essa decisão, fiquei cheia de dúvidas e sentimentos contraditórios. Sabia que eu tinha competencia no trabalho, sabia que podia progredir e ao mesmo tempo queria ser mãe em tempo integral.
Foi uma opção minha. Não digo que eu estou certa e as mães que trabalham fora e deixam seus bebês em creches ou com babás estão erradas. É uma questão de escolha e a gente toma muitas na vida.
Gostaria que a sociedade soubesse respeitar mais as donas de casa. Valorizar seu trabalho, esmero e dedicação.
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