sexta-feira, 2 de julho de 2010

O sonho e o "pé no chão"

O pintor espanhol Miró dizia que é preciso ter os pés firmes no chão para das saltos ao ar. Sim, realismo e sonho. Realismo pelo "pé no chão" e sonho pelo "salto no ar".
Muitas vezes tenho deparado-me com o desânimo, a desilusão, o pessimismo. Projetos emperrados, espectativas frustradas, palavras que deveriam animar, mas estão carregadas de acusação e cobrança.
É preciso sonhar, é preciso cultivar a esperança.
Os noticiários estão recheados de "realidade" cruel: assassinatos, pedofilia, acidentes automobilísticos, tragédias naturais e corrupção nos governos.
Essa é a nossa realidade?
São tempos difíceis, sem dúvida, mas como vamos prosseguir tendo como base um chão tão pedregoso como esse? Como encorajaremos os nossos filhos a viver nesse mundo?
Não quero fingir que "tudo anda bem no melhor dos mundos possíveis" e colocar um muro bem alto e cercar os meus filhos dentro de um belo jardim como fez os pais do Sidarta Gautama. Uma hora eles irão querer olhar o lado de fora.
Existe esperança sim.
Foi nesse chão duro e pedregoso que o Senhor Jesus andou.
Foi nessa terra cheia de inveja, vaidade, corrupção e violência que Jesus pregou o amor, o perdão.
Foi nesse chão que colocaram Jesus numa cruz para morrer.
Seria mais uma notícia ruim?
Uma notícia ruim tornou-se gloriosa.
Sem morte não haveria ressurreição.
Sem ressurreição não haveria chance de redenção.
Do lamaçal do pecado que provoca essa sujeira toda brota a esperança do perdão.
Perdão essa que liberta.
Perdão que traz a luz.
Perdão que faz o coração sentir-se leve, trazendo de volta os sonhos.
Perdão que faz a gente olhar para o céu com esperança renovada.
Concluo que é possível manter os pés no chão e sonhar, basta olhar para a cruz que aponta ao céu e não manter os olhos fitos apenas nesse chão.
Maranata!

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