sábado, 10 de dezembro de 2011
Filhos
Tenho três filhos pequenos. Eu sei bem o que é bagunça, agitação e barulho em casa. Já passei muitas noites em claro na emergência pediátrica. Em alguns dias as crianças estão "especialmente" birrentas e briguentas. É preciso muita paciência e bonsenso para perceber se é pura malcriação ou se existe algum motivo para as más atitudes dos pequenos.
Ciúmes dos irmãos, ansiedade ou nervosismo dos pais, doenças e até mesmo sono pode alterar consideravelmente o humor das crianças. Conhecê-las profundamente facilita o diagnóstico do problema.
Mas como conhecê-las profundamente se a cada dia os pais querem dispor do mínimo tempo possível para seus filhos?
Gritar com eles e colocá-los de castigo sem saber a origem da bagunça só resolve parte do problema. Eles podem até ficar quietos na hora, mas será que isso vai produzir algum bom fruto na sua educação para a vida?
Ou vai ensiná-los a resolver seus problemas gritando com o mundo?
É bom buscar a sabedoria como diz o Rei Salomão na Bíblia. Saber se é tempo para abraçar ou não (Ec 3.5). Meu filho do meio (com quase 3 anos)andava por esses dias muito briguento e agressivo. Batia sem motivo na avó, na irmã mais velha e chutava o bebê conforto do caçula. Ralhei com ele várias vezes e nada adiantava. Foi então que eu percebi que ele estava com ciúmes do bebê, mas até aquele tempo não tinha demonstrado isso. Ao invés de brigar com ele quando agredia eu pegava-o no colo e explicava calmamente que aquilo era errado e passei a abraçá-lo com maior frequencia, dava mais atenção quando ele falava ou fazia algo engraçado (ele gosta muito de fazer graça). Ele mudou de atitude voltando a ser aquele menino animado de sempre, mas não agressivo.
Não digo que ele virou um "santinho". Porque tem tempo de corrigir também e toda criança precisa de limites, e são os pais que devem dizer aos seus filhos quais são eles.
É muito trabalhoso educar os filhos. E tem dias que é cansativo mesmo. Eu respiro fundo, tomo um bom banho, procuro descansar um pouco, na medida do possível, e penso como seria a minha vida sem eles. Isso me faz chegar à conclusão que eu, definitivamente, não queria ter uma vida sem eles.
Sei que todo o trabalho tem a sua recompensa. E essa recompensa eu recebo todos os dias, quando vejo eles rindo, correndo com saúde pela casa, surpreendendo-nos com suas descobertas e progressos, com seus abraços e beijinhos nas horas inesperadas, com sua alegria contagiante que é desencadeada por coisas que a gente considera pequenas. Até quando estão dormindo sentimos alegria de contemplá-los tão lindos de olhinhos fechados.
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